SÓ REFLITA!
A Volta do Filho
Um
homem rico chamado Ângelo era muito amado e respeitado por todos em sua
cidade. Apesar disso, teve uma grande decepção em sua vida, pois o seu
filho mais jovem chamado André, era convulsivamente inquieto e
intranqüilo. Só pensava em se divertir e folgar em outras cidades. Com
uma grande explosão de uma energia não domada, muito cedo fugiu de casa
por pensar que seu pai não o amava e vagou por muitos anos sem destino
por cidades e países. Durante
o tempo em que André esteve longe, seu pai vivia uma grande angustia em
seu coração, pois não tinha noticia alguma do seu filho amado. Ocorreu
que, anos mais tarde, seu filho retornou à cidade onde seu pai fixara
residência. O filho tornara-se pobre e sem recurso, com pouca lembrança
do passado e vagando em busca de comida e abrigo. Certo dia, andando
pelas ruas, sem destino, parou em frente a uma enorme casa e notou certo
homem que lhe chamou a atenção, mas não o reconheceu como sendo o seu
pai. André imaginou que poderia conseguir trabalho na casa daquele homem
que tinha muitas posses. Porém, sentindo-se intimidado e inoportuno,
evitou aproximar-se dele e foi se afastando. O homem rico havia visto
André e o reconhecido como seu desaparecido filho. Com os olhos cheios
de lagrimas, mandou que um dos seus empregados corresse atrás dele e o
trouxesse de volta. Mas quando o serviçal o alcançou, o pobre homem
assustou-se, temendo que ele tivesse vindo para feri-lo, e correu
desconfiado. Por ter visto o filho e o miserável estado de vida em que
se encontrava, seu Ângelo se conteve para não chorar e ordenou que um
outro funcionário se vestisse com farrapos, assumindo uma aparência
humilde, mandou então que este servo, assim vestido, procurasse
novamente seu pobre filho e oferecesse trabalho domestico em troca de um
pequeno pagamento. O filho
alegremente aceitou o trabalho e sinceramente esforçou-se para realizar
suas humildes tarefas. Aos poucos, ele começou a se acostumar com as
pessoas da casa, que lhe demonstravam muito carinho e iam lhe dando mais
e mais responsabilidade em seu trabalho. Após
vinte anos de convivência naquela casa, ele se tomou confiável
suficientemente para administrar os negócios de seu patrão. Assim, com a
proximidade, o filho começou a admirar o rico homem, ainda não
percebendo, porem, que ele era seu pai. Aconteceu
que, certo dia, seu Ângelo resolveu dar uma grande festa e reuniu toda a
família e seus empregados. Na ocasião, sem que ninguém esperasse,
apresentou André com seu filho que há muitos anos havia deixado à casa
paterna. Ouvido essas palavras de seu pai, o filho desnorteou-se,
entendendo que ele tinha sido amado a vida inteira e que grande tinha
sido seu erro. Percebia ainda que seu pai estivesse dando um exemplo de
um profundo amor. Desta forma, ele entendia que sempre tivera uma grande
fortuna: O amor do seu próprio pai.
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