O AMOR UNIVERSAL
MOZI (c.470-391 a.C)
Nascido em 479 a.C., pouco ante da morte
de Confúcio, Mozi teve uma educação tradicional chinesa baseada nos textos
clássicos. No entanto, mais tarde passou a repudiar a ênfase nas relações de
clã que atravessa o confucionismo, e isso o levou a fundar sua própria escola
de pensamento, defendendo o amor universal, ou jian ai. Com jian ai,
Mozi queria dizer que devemos nos preocupara com todas as pessoas da mesma
forma, independentemente de seu status ou de sua relação conosco. Ele via essa
filosofia – conhecida como moísmo e que “alimenta e ampara toda vida” – como
sendo fundamentalmente benevolente e em conformidade com o mandato do céu.
Mozi acreditava que há sempre
reciprocidade em nossas ações. Ao tratar os outros como desejaríamos ser
tratados, receberemos tratamento similar em troca. Esse seria o significado por
trás de
- Quando alguém me atira um pêssego,
devolvo uma ameixa.
Mozi afirmou que, quando aplicado por
governantes, esse principio de se preocupar por todos evitaria o conflito e a
guerra. Quando aplicado por todo mundo, levaria a uma sociedade mais produtiva.
Essa ideia é similar em espírito à do utilitarismo proposta por filósofos
ocidental do século XIX.
Esta concepção de Mozi de que todos
devem ser tratados igualmente tem sido encorajada na China moderna.
PENSE NISSO...
Lourival Pita Junior
(Extraído do livro da Filosofia. Tradução Douglas Kim.
Editora Globo. São Paulo, 2011) p. 44.
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