O MAL DE ALZHAIMER NA MINHA VIDA
Certo momento da
minha vida, mais ou menos há dois anos, o médico diagnosticou que o meu pai
estava com Alzhaimer. No primeiro momento o médico falou que os remédios iriam
prolongar mais as lembranças que meu pai tinha das pessoas. Recentemente o meu irmão
Lourinaldo conversava com ele e depois de terminar o dialogo e pegou para ele:
- Quem é você?
Em outro dia a minha
irmã Mônica conversava com o papai, depois de terminar a conversa, ele pegou
para minha mãe:
- Como é o nome
dela?
Aos poucos o meu pai
esta perdendo a memória. Um mês atrás ele perguntou para o meu irmão:
- Meu filho que
doença é esta?
Ontem um amigo, que
esta financeiramente bem de vida, me levou para conhecer a mãe dele que estava
numa casa de repouso, ela está com Alzhaimer. Ele me levou até o local que ela
estava. Quando chegamos perto dela, ela estava com olhar distante centrada numa
cadeira de balanço, mais ou menos uns três metros do local que ela estava. Ele falava
como se ela não estivesse presente ou ouvido:
- Pita, minha mãe é
uma pessoa muito boa, ajudou muitas gentes. Mas agora parece que Deus não
existe, porque uma pessoa tão boa cheia de problemas e agora com esta doença.
Depois que ele
terminou a conversa, a sua mãe continuava na mesma posição com seu olhar
distante, disse:
- Às vezes o diabo
deixa as pessoas viverem a vida sem problemas, porque não quer que recorram a
Deus. Seu pecado é como uma cadeia só que, tudo é lindo e confortável, não há
necessidade de sair, a porta está aberta até que um dia o tempo se esgota e a
porta da cela se tranca então é muito tarde!
Lembra-te sempre, muitas
vezes não temos paciência com nossos pais, achando que eles são chatos, caducos
e só querem atrapalhar nossa vida. Esquecemos que foram eles que nos orientaram
educaram, socorreram, investiram todo seu tempo, paciência e amor para que
pudéssemos, um dia, sermos pessoas de bem. E hoje não temos tempo e nem
paciência para tratá-los bem.
Lourival Pita Junior
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