LEMBRA-TE SEMPRE: Nunca expressar autoridade com agressividade
Certo
dia, descontente com a reação agressiva do seu pai, um filho levantou a
voz para ele. O pai sentiu-se desafiado e o espancou. Disse-lhe que
nunca deveria falar com ele daquele modo, aos gritos, afirmou que quem
mandava naquela casa era ele, que era ele que o sustentava. O pai impôs
sua autoridade com violência. Ganhou o temor do filho, mas perdeu para
sempre o seu amor. Todos cometemos excessos na frente dos filhos,
todos ficamos estressados. A pessoa mais calma tem seus momentos de
ansiedade e irracionalidade. Portanto, embora desejável, não é possível
evitar todos os atritos na frente dos filhos. O importante é o destino
que damos aos nossos erros. O mesmo principio serve para os
professores. Quando dermos um espetáculo agressivo na frente das
crianças, devemos pedir desculpas não apenas para o nosso cônjuge, mas
também para os filhos, pela manifestação de intolerância a que
assistiram. Se temos coragem para errar, devemos ter coragem para
refazer nosso erro.
Uma pessoa autoritária nem sempre é bruta e
agressiva. Às vezes sua violência está disfarçada numa delicada
imutabilidade e teimosia. Ninguém muda sua opinião se insistirmos em
manter nossa autoridade a qualquer custo, estaremos cometendo um pecado
capital na educação dos nossos filhos. Nosso autoritarismo controlará a
inteligência deles.
Nossos filhos poderão reproduzir nossas
reações no futuro. O registro silencioso não-trabalhado cria moldes no
secreto da nossa personalidade. Quando pais perdem o amor dos seus
filhos porque não sabem dialogar com eles quando são desafiados! Impõem
uma autoridade que sufoca a lucidez dos filhos. Estão formando pessoas
que também reagirão com violência. Os pais que impõem sua
autoridade são aqueles têm receio das suas próprias fragilidades. Os
limites devem ser colocados, mas não impostos.
O dialogo é uma
ferramenta educacional insubstituível. Deve haver autoridade na relação
pai-filho e professor-aluno, mas a verdadeira autoridade é conquistada
com inteligência e amor. Pais que beijam, elogiam e estimulam seus
filhos desde pequenos a pensar não correm o risco de perdê-los e de
perder o respeito deles. Não devemos ter medo de perder nossa autoridade, devemos ter medo de perder nossos filhos.
Lourival Pita Junior
(Baseada
do livro: Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Augusto Jorge Cury.
Ed. Sextante. Rio de Janeiro, 2003. Págs. 88 a 90).
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