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Mostrando postagens de março 9, 2015

O TEMPO...

Imagine que você tenha uma conta bancaria e a cada manhã você receba um saldo de R$ 86.400,00. Só que não é permitido transferir o saldo para o dia seguinte. Todas as noites o saldo é zerado, mesmo que você não tenha gasto tudo. O que você faria? Certamente você gastaria cada centavo. Pois isso não é imaginação. Você é um cliente desse banco. Ele se chama “Tempo”. Todas as manhãs são creditadas 86.400 segundos na sua vida. Todas as noites o saldo é zerado. Não é permitido acumular saldo para o dia seguinte. Todas as manhãs a sua conta é reiniciada e todas as noites as sobras se evaporam. E nisso não há volta. Como você anda gastando esse saldo que Deus credita em sua vida todas as manhãs? Para você perceber o valor de um ano, pergunte a um estudante que repetiu o ano na escola. Para você perceber o valor de um mês, pergunte a uma mãe que teve o seu bebê prematuramente. Para você perceber o valor de uma semana, pergunte ao diretor de um jornal semanal. Para você p

A AGULHA E A LINHA

Uma pequena historia adaptada de um conto de Machado de Assis: A agulha passa por vários estágios de sofrimento até aprender sua função: o forno abrasador da metalúrgica, o frio intenso da água em que é temperada, o peso esmagador da prensa que a faz atingir sua forma ideal. A partir daí, precisa estar sempre dura, brilhante, e afiada. Depois de todo esse aprendizado, ela encontra sua razão de viver: a linha. E faz o possível para ajudá-la enfrenta os tecidos mais resistentes, abre os buracos nos locais certos. Mas, quando termina seu trabalho, a misteriosa mão da costureira toma a colocá-la em uma caixa escura; depois de tanto esforço, sua recompensa é a solidão. Com a linha, entretanto, a história é diferente: a partir deste momento, passa a ir a todos os bailes e festas. (Extraída da Coleção Contos do Alquimista de Paulo Coelho: Doses de Sincronicidade. Editora Caras S.A. São Paulo, 1999).