LEMBRA-TE SEMPRE
Não punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações

Certa vez uma menina de oito anos estava passeando num shopping próximo da sua escola com algumas amigas. Ao ver um dinheiro em cima de um balcão, pegou-o. A balconista viu e chamou-a de ladra. Pegando-a pelo braço, levou-a em pranto até os pais. Os pais ficaram desesperados. Algumas pessoas mais próximas esperavam que eles batessem e punissem a filha. Eles tinham receio de que a menina desenvolvesse cleptomania e se apropriasse de objetos que não lhe pertenciam. Os pais não fizeram um drama com o caso. Eles lembraram que as crianças sempre cometem erros, e o importante é o que fazer com eles. Os pais chamaram a menina separadamente e explicou as consequências do seu ato. Em seguida, abraçaram a menina, pois afinal ela já estava muito chocada com o ocorrido. Além disso, se eles quisessem transformar o erro num grande momento educacional, deveriam ter reações inesquecíveis. Os pais pensaram e tiveram um gesto inusitado. Como o valor era pequeno, deram à filha o dobro do dinheiro furtado e demonstraram eloquentemente que ela era mais para eles do que todo o dinheiro do mundo. Explicaram-lhe que a honestidade é a dignidade dos fortes. Essa atitude deixou-a contemplativa. O drama se transformou num romance. A jovem nunca mais se esqueceu de que, num momento tão difícil, seus pais a ensinaram e amaram. Quando faz quinze anos, ela abraçou seus pais, dizendo que nunca se esquecera daquele momento poético. Todos deram risadas. Não ficou cicatriz.
Para educar, use primeiro o silêncio e depois as ideias. A melhor punição é aquela que se negocia. A punição só é útil quando é inteligente. Mude seus paradigmas educacionais. Elogie o jovem antes de corrigi-lo ou criticá-lo.
Lourival Pita Junior
(Baseada do livro: Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Augusto Jorge Cury. Ed. Sextante. Rio de Janeiro, 2003. Págs. 93/95).

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