O SÁBIO, O REI E AS MEIAS VERDADES



O SÁBIO, O REI E AS MEIAS VERDADES
Conta-se que um sábio, querendo mostrar a um rei os perigos das meias verdades, pediu que colocassem um elefante diante de seis cegos e disse-lhes: 
- Há um objeto diante de vocês. Toquem nele e depois digam o que é. Claro, nenhum dos seis cegos tinha visto um elefante, portanto não sabiam o que era. O primeiro aproximou-se, tocou numa parte do animal e disse: 
- Parece um muro. 
O segundo cego tocou em outra parte e disse: 
- É uma lança. 
- Disparate! 
Exclamou o terceiro cego. 
- Acho eu que é mais parecido com uma cobra. 
- Bem! 
Disse o quatro cego, ao apalpar o animal: 
- Parece uma árvore. 
Os outros riram dele, e o quinto homem deu a sua opinião. Pegando em outra parte, disse: 
- Com certeza é um leque. 
Finalmente, o sexto cego, por sua vez, tocou no elefante e disse: 
- Parece-me a mim que é uma corda. 
- Tantas opiniões diferentes. 
Disse o rei. 
- Que grande confusão. 
- Mas não é explicou o sábio. Pois o elefante tem, na verdade, flancos como muros, dois grandes dentes como lanças, uma tromba que parece uma cobra, pernas como pequenas árvores, as suas orelhas são como dois leques e o rabo parece uma corda. Juntando tudo isso, temos uma descrição, quase perfeita, de um elefante! Afinal, os seis homens cegos viram o elefante, isto, viram-no não pelos olhos, mas sim pelo tato. E cada um não mentiu. O que eles fizeram foi contar um pedaço da verdade. E isso, mesmo não sendo a realidade, pode até parecer uma mentira.

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