AS PESSOAS QUE ABANDONAMOS...




Muitas almas existem, na Terra, solitárias e tristes, chorando um amor que se foi. 
São crianças, cujos pais as deixaram, um dia, em braços alheios, enquanto eles mesmos se lançaram à procura de tesouros, nem sempre reais. Lesadas em sua afetividade, vivem cada dia à espera do retorno dos amores, ou de alguém que lhes chegue e as aconchegue.Têm sede de carinho e fome de afeto. Trazem o olhar triste de quem se encontra sozinho e anseia por ternura.
São idosos recolhidos a lares e asilos, às dezenas. Ficam sentados em suas cadeiras, tomando sol, as pernas estendidas, aguardando que alguém identifique as meias vermelhas. Aguardam gestos de carinho, atenções pequenas. Marcam no calendário, para não se perderem, a data da próxima visita, do aniversário, da festividade especial. Aguardam…
São homens e mulheres que se levantam todos os dias, saem de casa, andam pelas ruas, sempre à espera de alguém que partiu, retorne.Que o filho que tomou o rumo do mundo e não mais escreveu, nem deu notícia alguma, volte ao lar.São namorados, noivos, esposos que viram o outro sair de casa, um dia, e esperam o retorno.Almas solitárias. Lesadas na afetividade. Carentes.
O amor, sem dúvida, é lei da vida. Ninguém no mundo pode medir a resistência de um coração quando abandonado por outro.E nem pode aquilatar da qualidade das reações que virão daqueles que emurchecem aos poucos, na dor da afeição incompreendida.Todos devemos respeito uns aos outros. Somos responsáveis pelos que cativamos ou nos confiam seus corações.
Se alguém estiver abandonado por nossa causa, pensemos se esse não é o momento de recompor o que se encontra destroçado, trabalhando a terra do nosso coração.
Pensemos nisso!

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