O GUARDIÃO DO CASTELO


Certo dia, num mosteiro zen-budista, com a morte do guardião, foi preciso encontrar um substituto. O grande mestre convocou, então, todos os discípulos para determinar quem seria o novo sentinela. O mestre, com muita tranqüilidade, falou:
- Assumira o posto de guardião do castelo, o primeiro monge que resolver o problema que vou apresentar.
Então, ele colocou uma mesinha magnífica no centro da enorme sala em que estavam reunidos e, em cima dela, pôr um vaso de porcelana muito raro, com uma rosa amarela de extraordinária beleza a enfeitá-lo, e disse apenas:
- Aqui está o problema!
Todos ficaram olhando a cena:
- Este vaso belíssimo, de valor inestimável, com a maravilhosa flor ao centro. O que representaria? O que fazer? Qual o enigma?
Neste instante, um dos discípulos sacou a sua espada, olhou o mestre, os companheiros, dirigiu-se ao centro da sala e...ZAPT... destruiu tudo, com um só golpe. Tão logo o discípulo retornou ao seu lugar, o mestre disse:
- Você será o novo guardião do castelo.
LEMBRA-TE SEMPRE...
Não importa qual o problema, se for um problema, precisa ser eliminado. Um problema é sempre um problema. Muitas pessoas carregam a vida inteira o peso de coisas que foram importantes no passado, mas que hoje somente ocupam um espaço inútil em seus corações e mentes.Espaço esse indispensável para criar a vida. Limpe a sua vida, comece pelas gavetas, armários, até chegar às pessoas do passado que não fazem mais sentido estar ocupando espaço em seu coração. O passado serve como lição, como experiência. Serve para ser relembrando e não revivido. Use as experiências do passado no presente, para construir o seu futuro. Necessariamente nessa ordem!


Coleção Contos do Alquimista: Bosque de Cedros. Paulo Coelho. Editora Caras S.A. São Paulo, 1999.

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