O NOSSO CONHECIMENTO: O NOSSO BEM VERDADEIRO



Certo dia Demétrio libertador de Atenas, conquistara e se apossou de Megara (capital de Megarid, uma região ao norte de Corinto), 307 a.C. onde morava Estilpão. Ao perguntar ao filósofo:
- Esta sendo privado de algum bem?
Esse lhe respondeu:
- Nada perdi tudo que é meu está comigo. Porque o que é meu é algo livre, inviolável, inabalável e de tal modo inacessível aos golpes de azar que não pode ser fragilizado e muito menos vencido.
Na verdade, o patrimônio de Estilpão fora saqueado, já que o inimigo lhe raptara as filhas e sua pátria estava dominada pelo poder estrangeiro. Quando o questionava, o rei estava dentro do carro de triunfo, rodeado pelas armas do exercito vitorioso.
Foi assim que o filósofo Estilpão arrebatou o prestigio daquela vitória das mãos reais porque, no interior de uma cidade derrotada, revelou-se não só invencível, mas ainda ileso. É que permaneciam, sob seu pleno domínio, os bens verdadeiros sobre os quais mãos alguma se apossaram, enquanto os demais objetos, destruídos ou roubados, não tinham outro preço além de favores ocasionais de aprovação da fortuna. Bem por isso não os amava como próprios, pois tudo que reside do lado de fora de nossa interioridade configura-se para Estilpão qual posse frágil e insegura.
Lembrem-se, somente as coisas materiais não são suficientes para fazer a vida acontecer. Somente o bem-estar não traz alegria.
  
Lourival Pita Junior

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Você e o Seu Inimigo