O Santo Homem


Há muito e muito tempo havia um Santo Homem, tão bom que os anjos surpresos vinham do céu para verificar como alguém podia ser tão divino. Ele levava sua vida cotidiana a irradiar amor, da mesma forma que a estrela difunde luz e as flores exalam perfume, sem mesmo estar consciente disso. Mas essas palavras nunca saíam de seus lábios; expressavam-se em seu sorriso fácil, bondade, amor e boa vontade. Ao anjos disseram a Deus:
- O Senhor, conceda-lhe o dom dos milagres.
Deus respondeu:
- Concordo. Perguntem a ele o que deseja.
Os anjos retornaram ao Santo Homem e perguntaram:
- E então, o que você deseja?
- O que posso desejar?
Perguntou o Santo Homem, sorrindo. Ele continuou:
- Deus já me concedeu Sua graça. Com isso já, não tenho tudo?
Os anjos insistiram:
- Deve pedir um milagre ou algo lhe será imposto.
Disse o Santo Homem:
- Esta bem. Que eu possa fazer muito bem sem jamais saber.
Os anjos ficaram profundamente desconcertados. Reuniram-se e combinaram o seguinte plano: cada vez que a sombra do Santo Homem ficar para trás ou para qualquer lado, de tal forma que ele não possa vê-la, a sombra deve ter o poder de curar doenças, aliviar a dor e confortar o pesar. E assim aconteceu. Quando o Santo Homem andava, sua sombra no chão, em qualquer lado ou por trás, fazia com que as trilhas áridas se tornassem verdejantes, levava as plantas murchas a desabrocharem, trazia água cristalina a córregos secos, cor saudável a criancinhas pálidas, alegria a mães infelizes. O Santo Homem prosseguia em sua vida cotidiana a irradiar amor, assim como a estrela difunde luz e a flor exala seu perfume, sem jamais ter consciência disso.E as pessoas, respeitando sua humildade, seguiam-no em silêncio, jamais falando de seus milagres. Pouco a pouco, até esqueceram seu nome, passando a chamá-lo apenas de “O Santo Homem”.

(Extraída do livro: Conversando com DEUS. Joseph Murphy. Editora Record. Rio de Janeiro).









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