VIVER O AGORA!



Pedro era o tipo de pessoa que qualquer um gostaria de conhecer. Estava sempre de bom humor e sempre tinha algo positivo para dizer. Se alguém lhe perguntasse como estava, ele dizia:
- Cada dia melhor!
Era sua resposta. Era um homem especial, um motivador nato. Fiquei tão curioso como o seu estilo de vida, que um dia lhe perguntei:
- Pedro, como pode ser uma pessoa tão positiva o tempo todo?
Respondeu-me:
- Cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo. “Pedro, hoje tem duas escolhas, podes ficar de bom humor ou de mau humor, e escolho ficar de bom humor”. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher fazer-me de vitima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Se alguém reclama, posso escolher o lado positivo da vida.
Nunca mais me esqueci do que o Pedro me disse, e lembrava-me sempre dele quando fazia uma escolha.
Anos mais tarde soube que o Pedro cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta. Naquela madrugada foi surpreendido por assaltantes e, enquanto tentava abrir o cofre, tremendo com o nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladrões entraram em pânico, disparam e atingiram-no. Por sorte, foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital.
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta, ainda com fragmentos de balas alojadas no corpo. Quando o encontrei, lhe perguntei como estava:
- Ótimo, se melhorar estraga!
Contou-me o que tinha acontecido e perguntei o que lhe tinha passado pela cabeça na ocasião do assalto respondeu rindo:
- A primeira coisa que pensei foi que devia ter trancado a porta. Então, deitado no chão, ensanguentado, lembre-me de que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver!
- Não teve medo?
Perguntei:
- Olha os médicos me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando cheguei à sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado: nas expressões deles, eu lia claramente: “Esse ai já era... Decidi que tinha de fazer algo”.
Perguntei Já muito curioso:
- E o que fizeste?
- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi que sim. Todos pararam para ouvir a minha resposta. Tomei fôlego e gritei: “Eu escolho viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto!”.
O Pedro sobreviveu graças à persistência dos médicos, mas também graças à sua atitude.
Aprendi que todos os dias têm a opção de viver plenamente e tomar decisões, pois serão essas atitudes que nos farão mais felizes. Afinal de contas: A atitude é tudo.

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