NOSSO LAR: UM LUGAR PARA SER FELIZ




Paulo olhou para sua mesa cheia de papeis que ele ainda precisava ler antes do fim do dia, enquanto o relógio marcava 12 horas. Pensou, por um momento, em ligar para casa e avisar que não iria almoçar. Pediria pelo telefone um sanduíche, qualquer coisa e comeria ali mesmo no escritório. Assim conseguiria adiantar suas decisões. Sem querer, olhou para o porta-retrato colocado em sua mesa. Na foto toda a família ao redor dele. Parou para olhar mais uma vez a expressão de cada rosto. Ele sempre fazia isso e sempre descobria um detalhe novo no olhar, na boca, no jeito de sorrir de cada um. Num instante, pela foto ele trazia para perto de si a esposa que ele amava desde o tempo de faculdade, quando se conheceram. O filho mais velho, Paulo Júnior, agora com vinte anos, tinha o olhar decidido e firme, porém cheio de ternura. Pensando nele não pôde conter um sorriso de satisfação: um bom filho, obediente, estudante de medicina. Ao mesmo tempo era um brincalhão inveterado, fazendo da casa uma festa com canções que ele inventava de improviso e que retratavam todo o seu espírito alegre e feliz. E Maria Júlia... Que linda nos seus quinze anos! Meiga, carinhosa e aplicada nos estudos, era o retrato da harmonia. Quando aprendeu a tocar violão, afinou-se com MPB, especialmente em músicas antigas que cantava segundo ela para “os velhos”. Música, riso e alegria estavam sempre presentes na varanda da casa, onde a família se reunia após as refeições. Paulo, enquanto pensava em tudo isso, nem notou que acabara de arrumar sua pasta, prendera sob um peso de papeis pendentes e até a chave do carro já estava em sua mão. Ele sabia que estar com a família era a razão de sua saúde e do seu bem-estar. Seu medico, nas últimas consultas, o elogiara por manter em ótimos níveis o colesterol, a pressão e o peso, coisa rara para um empresário de sua idade, à frente de uma grande empresa e com as turbulências da economia mundial. Sua casa e sua família representavam para ele a razão maior de sua existência. Num segundo estava na Avenida Santos Dumont, rumo às Dunas, onde morava numa linda casa. Ao entrar no jardim, já podia ouvir a voz de Mariana e os sons de seu violão. Notou as cores vivas das rosas do imenso jardim e os pássaros que voavam felizes. Sua esposa sorriu ao vê-lo. Almoçaram juntos e felizes, rindo das piadas do Paulo Júnior e depois foram para a varanda, onde ficavam deitadas em redes, enquanto conversavam e ouviam as músicas de Mariana. Paulo contemplava a família com orgulho e agradecia a Deus pela grande conquista. Sentia-se renovado para enfrentar o trabalho que o esperava. À noite a família estaria novamente unida e feliz e assim, sucessivamente.

LEMBRA-TE SEMPRE: 

O nosso lar é realmente o ninho, o abrigo, o lugar de ser feliz.

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