MAIS UM DOS MEUS SEGREDOS - Não Corrigir Publicamente


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Havia uma adolescente de doze anos, esperta, inteligente, sociável, que estava um pouco obesa. Aparentemente ela não tinha problema com sua obesidade. Era uma boa aluna, participativa e respeitada entre seus colegas. Certa vez, sua vida sofreu uma grande guinada. Ela foi mal numa prova. Procurou a professora e questionou a sua nota. A professora, que estava irritada por outros motivos, desferiu-lhe um golpe mortal que modificou para sempre a sua vida, chamando-a de “gordinha pouco inteligente” na frente dos colegas. Corrigir alguém publicamente já é grave, humilhar é dramático. Os colegas debocharam da jovem. Ela sentiu-se diminuída, inferiorizada, e chorou. Viveu uma experiência com algo volume de tensão que foi registrada privilegiadamente no centro da memória, na memória de uso continuo. Os adolescentes devem se sentir bonitos, mesmo que sejam obesos, portadores de um defeito físico, ou se seu corpo não preenche os padrões de beleza transmitidos pela mídia. Beleza está nos olhos de quem vê.
Gostaria que vocês não se esquecessem de que é através desse processo que uma rejeição vira um monstro, um educador tenso vira um carrasco, um elevador vira um cubículo sem ar, um vexame publico paralisia a inteligência e gera o medo de expor as ideias. Chamar a atenção ou apontar em publico um erro ou defeito de jovens e adultos pode gerar um trauma inesquecível que os controlará durante toda a vida. Ainda que os jovens os decepcionem, não os humilhem. Ainda que eles mereçam uma grande bronca, procurem chamá-las em particular e corrigi-los. Mas, principalmente, estimulem os jovens a refletir. Quem estimula a reflexão é um artesão da sabedoria.

Lourival Pita Junior
(Baseada do livro: Pais Brilhantes, Professores Fascinantes. Augusto Jorge Cury. Ed. Sextante. Rio de Janeiro, 2003. Págs. 85 a 87).

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